segunda-feira, 25 de junho de 2012

Aromaterapia

   Antes de falar sobre a aromaterapia para gestantes, preparei este post com os cuidados que devemos ter. É importante estar atento, pois os Óleos essenciais 100% naturais são fortíssimos e os efeitos colaterais existem se a gente não ficar atento aos cuidados e claro, se não estudar MUITO o assunto.

Cuidados!

   A aromaterapia sempre teve uma aura de misticismos e magia, pelo menos na Europa era assim. Para muitas pessoas isto é um atrativo, mas também acaba por criar grandes confusões e interpretações equivocadas sobre o assunto. O intuito em criar este post sobre cuidados na aromaterapia é informar as necessidades de cuidados que devemos ter ao usar óleo essências, porque aromaterapia é coisa séria!

  Muitas vezes em meus atendimentos em equipe, vejo as pessoas utilizarem as essências aromáticas (e não os Oleos essenciais) acreditando estar fazendo um grande bem para a Gestante. Claro que não sou cética em duvidar que a boa ação da amiga/familia/doula e a receptividade da “paciente” , juntos, façam com que o tratamento traga os efeitos desejáveis e “milagrosos”, mas a terapia natural não se baseia e nem deveria se basear em  acontecimentos mágicos.  Portanto acho importante ressaltar alguns pontos: 
     
     Os Óleos essenciais já vêem sendo usados como remédios caseiros por muitas pessoas e não vejo mau algum nisso, mas a verdade é que devem ser usados de forma sensata e correta. Alias, qualquer pessoa que preze por sua saúde deveria ir fundo na investigação sobre sua doença e seus tratamentos.
    
    O auto-tratamento é muito importante, um ritual sagrado, quando fazemos nossas faxinas e reformas interiores, mas tem sua hora e lugar. Faça seus tratamentos no caso de doenças corriqueiras e leves, mas no caso de doenças profundas e de longo prazo, procure um profissional qualificado. 
       
  Gostaria ainda de ressaltar outra coisa que acho muito importante, o princípio de Riscos x Benefícios, os quais devem ser muito avaliados, principalmente se tratando de gestantes, como o próprio pai da medicina dizia  a cerca de 400 anos aC, ao tratar os doentes o primeiro dever deve ser o de ajudar e o segundo o de não causar dano. Devemos levar em conta o principio de precaução, mas também confiar em nossa intuição e saber a hora de quebrar as regras e seguir seu instinto curador, mas SEMPRE é mais  seguro procurar a opnião de um profissional. 
      
   Muitos podem se sentir inseguros ao utilizar óleos essências na gestação, mas vale lembrar que nesta fase a aromaterapia pode ser uma grande aliada, trazendo alívios em muitos dos desconfortos comuns  e até mesmo auxiliar para um trabalho de parto rápido e menos doloroso.  Para isso é importante saber quais óleos são indicados e quais não são, levar em conta o período gestacional ( comece o tratamento depois do primeiro trimestre de gestação) e claro, sempre informar o médico sobre o tratamento e fazer uma investigação completa sobre a situação em que o paciente/gestante se encontra. 
    
    Aqui separei os óleos essenciais que podem e que não podem ser usados. Espere até o terceiro mês de gestação para fazer o uso desta terapia.Já estou preparando um post novinho com receitas e maiores detalhes sobre a utilização da aromaterapia na gestação e parto. Aguarde! 

  Sempre usar uma porcentagem de 0,5 a 1% em relação ao óleo carreador. Saiba mais: Como fazer uma Fórmula

Os óleos essências na gestação e parto: 

Indicados para todos os períodos da gestação: Bergamota, Mandarim, Neroli, Laranja Doce, Ylang Ylang, Gerânio 

Durante o Parto: Lavanda, Rosa, Jasmim, Hortelã-Pimenta , Camomila e Sálvia ( Algumas literaturas dizem para não fazer o uso concomitante de Ocitocina Sintética ) 

Não devem ser usados: Alecrim, Arnica, Canela, Cedro, Mirra, Tomilho 

* Para estimular parto: deixarei para outro post, já que alguns "proibidos" são emenagogos e estimulam o início do trabalho de parto, neste caso é melhor o uso de Oes  do que indução de parto feito no hospital ( ótimo exemplo de Riscos x benefícios) . Bom, esse papo fica para depois! 








quarta-feira, 20 de junho de 2012

Amamentação e Licença-Maternidade


      Pela votação e aprovação da PEC 515/2010 que altera, na Constituição Federal, a duração da licença-maternidade de 120 dias para 180 dias!
    A amamentação precisa ser protegida e apoiada! Nossos filhos têm direito à saúde e o Estado tem o dever de dar condições para que isso possa ocorrer!





Benefícios da Amamentação Exclusiva por 6 meses
   A Parto do Princípio está mobilizando uma campanha nacional para aumentar a licença maternidade de 120 para 180 dias. Convidamos homens e mulheres, trabalhadores e trabalhadoras, a cobrar seus deputados federais para que estes aprovem o Projeto de Emenda Constitucional nº 515/2010, que tem como objetivo alterar, na Constituição Federal, a duração da licença maternidade.
Somos favoráveis que a licença maternidade seja de seis meses (180 dias) porque esse período é, de fato fundamental para que toda família adapte-se à chegada do bebê. Além disso, nesses primeiros seis meses de vida, como inúmeros estudos já comprovaram, a alimentação do bebê deve ser exclusivamente o leite materno – o que deixa evidente a dependência do bebê em relação à sua mãe durante esse período.
   A legislação brasileira garante licença maternidade de quatro meses para todas as mães trabalhadoras, mesmo que seus bebem sejam adotivos. Esse período, de fato, é fundamental para a família, mas não é suficiente para garantir o desenvolvimento emocional, físico e imunológico do bebê, bem como para o estabelecimento da amamentação exclusiva, o bem-estar materno e paterno e um retorno saudável e eficiente para o trabalho.
   O aleitamento materno tem papel crucial nesse começo de vida. Sua função não se restringe à alimentação do bebê, mas se estende ao estabelecimento do vínculo com a mãe e à formação do sistema imunológico do bebê. Quando a mãe amamenta, produz inúmeros benefícios, como proteger a criança de doenças (infecções, doenças atópicas e diabetes mellitus), garante seu desenvolvimento físico e motor (desenvolvimento da musculatura oral interna e externa, desenvolvimento ortodôntico, reflexos de sucção e de deglutição, desenvolvimento respiratório, dentre outros), seu desenvolvimento emocional (formação de vínculo, autonomia), promove melhor desenvolvimento neurológico (desenvolvimento cognitivo) e ainda a mãe se beneficia com o retorno de seu organismo que se modificou durante a gravidez (peso, tamanho uterino, alterações hormonais), protege-se temporariamente de uma nova gravidez, protege-se de possíveis doenças futuras (câncer de mama e de ovário, fraturas no quadril e osteoporose) e ainda, a amamanetação facilita o estabelecimento do vínculo com seu bebê, que promove maior segurança na sua nova função de maternar.
Bebês alimentados artificialmente têm maior risco de contrair:
    Infecções gastrointestinais, infecções respiratórias, enterocolite necrosante, infecções de ouvido, alergias (eczema, asma e dificuldade respiratória), diabetes.
Hoje, sabe-se que todos esses benefícios são ainda maiores quando a amamentação exclusiva estende-se até o sexto-mês de vida da criança. E é por esse motivo que está tramitando um Projeto de Emenda Constitucional (PEC 515/2010) que pretende tornar obrigatória a licença maternidade de 6 meses para todas as trabalhadoras.
   Lembre-se: a amamentação exclusiva pelos 6 primeiros meses evita a morte do bebê! Crianças menores de 6 meses que não mamam no peito têm 84% mais chances de quadros de diarréia em comparação com aquelas que são alimentadas exclusivamente com leite materno.
Além disso, o que é nítido em termos de políticas públicas, é que o aleitamento materno exclusivo, ao proteger mãe e bebê física e emocionalmente, diminui os custos do governo com remédios, tratamentos, leitos hospitalares e remuneração de profissionais de saúde para tratar doenças que acometem mais freqüentemente os bebês que não foram amamentados e as mães que não puderam amamentar. Diminui também os gastos do governo com fórmulas artificiais, sobretudo as fórmulas artificiais específicas (anti-alergênicas e probióticas), uma vez que o leite materno é o alimento ideal para o bebê.
     O aumento da duração da licença maternidade de 4 para 6 meses contribui também para o meio ambiente, devido à redução da fabricação e uso de materiais danosos ao meio ambiente, como produção de materiais plásticos (mamadeira que advém de recursos do petróleo), assim como o uso de combustível e água usados na preparação de fórmulas artificiais.
    A amamentação pode é considerada uma das estratégias de maior e melhor custo-benefício. Com o aleitamento materno todo mundo sai ganhando: famílias, governo e patrões economizam. Criança que mama no peito fica doente menos vezes e, como conseqüência os pais gastam menos, sentem-se mais seguros, faltam menos ao trabalho e solicitam menos vezes os serviços de saúde.
     A amamentação precisa ser protegida e apoiada! Nossos filhos têm direito à saúde e o Estado tem o dever de dar condições para que isso possa ocorrer.
E essa deve ser uma luta de todos nós! Cuidar de nossos filhos é investir no futuro!

fonte: Parto do Principio 

Carta aberta à sociedade.

  Nós, médicos humanistas, enfermeiras-obstetras e obstetrizes, todos os profissionais, entidades civis, movimentos sociais e usuárias envolvidos com a Humanização da Assistência ao Parto e Nascimento no Brasil, vimos através desta presente Carta manifestar o nosso repúdio à arbitrária decisão do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (CREMERJ) de encaminhar denúncia contra o médico e professor da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Jorge Kuhn, por ter se pronunciado favoravelmente em relação ao parto domiciliar em recente reportagem divulgada pelo Programa Fantástico, da TV Globo.
    Acreditamos estar vivenciando um momento em que nós todos, que atendemos partos dentro de um paradigma centrado na pessoa e com embasamento científico, estamos provocando a reação violenta dos setores mais conservadores da Medicina. Pior: uma parcela da corporação médica está mostrando sua face mais autoritária e violenta, ao atacar um dos direitos mais fundamentais do cidadão: o direito de livre expressão. Nem nos momentos mais sombrios da ditadura militar tivemos exemplos tão claros do cerceamento à liberdade como nesse episódio. Médicos (como no recente caso no Espírito Santo) podem ir aos jornais bradar abertamente sua escolha pela cesariana, cirurgia da qual nos envergonhamos de ser os campeões mundiais e que comprovadamente produz malefícios para o binômio mãebebê em curto, médio e longo prazo. No entanto, não há nenhuma palavra de censura contra médicos que ESCOLHEM colocar suas pacientes em risco deliberado através de uma grande cirurgia desprovida de justificativas clínicas. Bastou, porém, que um médico de reconhecida qualidade profissional se manifestasse sobre um procedimento que a Medicina Baseada em Evidências COMPROVA ser seguro para que o lado mais sombrio da corporação médica se evidenciasse.
    Não é possível admitir o arbítrio e calar-se diante de tamanha ofensa ao direito individual. Não é admissível que uma corporação persiga profissionais por se manifestarem abertamente sobre um procedimento que é realizado no mundo inteiro e com resultados excelentes. A sociedade civil precisa reagir contra os interesses obscuros que motivam tais iniciativas. Calar a boca das mulheres, impedindo que elas escolham o lugar onde terão seus filhos é uma atitude inaceitável e fere os princípios básicos de autonomia.
    Neste momento em que o Brasil ultrapassa inaceitáveis 50% de cesarianas, sendo mais de 80% no setor privado, em que a violência institucional leva à agressão de mais de 25% das mulheres durante o parto, em vez de se posicionar veementemente contrários a essas taxas absurdas, conselhos e sociedades continuam fingindo que as ignoram, ou pior, as acobertam e defendem esse modelo violento e autoritário que resulta no chamado "Paradoxo Perinatal Brasileiro". O uso abusivo da tecnologia contrasta com taxas gritantemente elevadas de mortalidade materna e perinatal, isso em um País onde 98% dos partos são hospitalares!
    Escolher o local de parto é um DIREITO humano reprodutivo e sexual, defendido pelas grandes democracias do planeta. Agredir os médicos que se posicionam a favor da liberdade de escolha é violar os mais sagrados preceitos do estado de direito e da democracia. Ao invés de atacar e agredir, os conselhos de medicina deveriam estar ao lado dos profissionais que defendem essa liberdade, vez que é função da boa Medicina o estímulo a uma "saúde social", onde a democracia e a liberdade sejam os únicos padrões aceitáveis de bem estar.
    Não podemos nos omitir e nos tornar cúmplices dessa situação. É hora de rever conceitos, de reagir contra o cerceamento e a perseguição que vêm sofrendo os profissionais humanistas. Se o CREMERJ insiste em manter essa postura autoritária e persecutória, esperamos que pelo menos o Conselho Regional de Medicina de São Paulo (CREMESP) possa responder com dignidade, resgatando sua função maior, que é o compromisso com a saúde da população.
    Não admitimos, não permitiremos que o nosso colega Jorge Kuhn seja constrangido, ameaçado ou punido. Ao mesmo tempo em que redigimos esta Carta aberta, aproveitamos para encaminhar ao CREMERJ, ao CREMESP e ao Conselho Federal de Medicina (CFM) nossa Petição Pública em prol de um debate cientificamente fundamentado sobre o local do parto. Esse manifesto, assinado por milhares de pessoas, dentre os quais médicos e professores de renome nacional e internacional, deve ser levado ao conhecimento dos senhores Conselheiros e da sociedade. Todos têm o direito de conhecer quais evidências apoiariam as escolhas do parto domiciliar ou as afirmações de que esse é arriscado – se é que as há. (Ricardo Herbert Jones)

terça-feira, 19 de junho de 2012

Parto em casa

     A marcha do parto em casa , que aconteceu em todo país nos ultimos dias 16 e 17 de junho, deu o que falar. Mulheres de todo Brasil foram às ruas lutar pelo direito de escolher onde,como e com quem querem parir. Graças a internet, a marcha foi muito bem divulgada pela mídia, o que nos ajudou demais, mas acabou tendo como efeito colareral um grande burburinho sobre parto em casa. 

     O assunto ta na moda mas a prática não, a não ser que minha bisavó tenha sido algum tipo de mulher frente a seu tempo. 

fotos da Marcha em SP e Ribeirão Preto

















       Parto sempre foi em casa e antes de vivermos  em sociedade acontecia na caverna, longe de sorinho, de anestesia, bisturi , maca .... Em fim, acontecia do jeito que é, naturalmente.
      Me parece que tudo deu certo, hoje contamos com uma população de 7 bilhões de pessoas que só estão aqui hoje, não graças as cesárianas, mas sim graças a grande obra perfeita que é o corpo humano. 
          Parto em casa tem risco sim, em casa de parto também tem, e no hospital, sinto muito em informar algumas pessoas que ainda não sabem, mas também oferece riscos. Segundo o estudo publicado na  British Journal of Obstetrics and Gynecology (veja o estudo - link)  parto domiciliar planejado não aumenta riscos de mortalidade perinatal , não mostrou diferenças significativas entre parto em casa e parto hospitalar ( risco de morte intraparto - 0,69% domiciliar  contra 1,37% hospitalares) , o estudo foi realizado com 529.866 gestantes , da para se ter uma boa idéia , não é? Este estudo foi feito seguindo o padrão de atendimento domiciliar seguro, com rescursos e treinamento adequado para o atendimento em caso de emergência.  
    Para fazer parto em caso é preciso preparo, equipe especializada que conta com todos os equipamentos de primeiro socorros caso seja necessário, é preciso informação e segurança. Aquela coisa de parto em casa na base da oração e paninho umido é coisa de gente que não tem outra opção, é coisa lá de gente ribeirinha, que não tem acesso a tecnologia e a informação, mas fazem do jeito tradicional, conhecimento passada de geração por geração e da certo, a reza é braba. Aqui em São Paulo e em outras cidades grandes o cenário é bem diferente, parto é feito por profissional especializado, formado, graduado, pode ser feito por parteira ( enfermeira obstetras ou obstetriz) e por Médico obstetra, a equipe ainda conta com Doula ( saiba mais ) , Médico Neonatologista, Terapeuta ... Bom , tem gente pra caramba, com todo tipo de especialidade pronto para atender o parto da forma mais segura POSSÍVEL.  Quem quer parto em casa pode contar com muitos profissionais, mas parece não poder contar com os Conselhos de medicina, que são contra essa prática, por isso quando for procurar um profissional que atenda suas escolhas, esteja preparada para ouvir muita abobrinha, então tem que buscar informação e profissionais que possam te informar sobre os melhores procedimentos, equipe, preparos e apoio físico e emocional.
       A rua, na chuva ou na fazenda, quem decide é a mulher. Vale a pena... basta ler relatos, assistir videos e ver fotos, tente comparar você mesma, e verá como as mulheres se sentem empoderada quando são respeitadas e conquistam o direito de parir no seu canto, no hospital, ou em uma casinha de sapê. 

Separei algumas fotos bonitas de partos em casa. Espero que gostem. 










Video de parto em casa. Lindo de se ver.
clique aqui 

domingo, 10 de junho de 2012

Parto Humanizado

Você sabe o que é parto humanizado? 

                          
                                                                Foto: Centro de parto normal do hospital Sofia Feldman

          Tenho visto muita confusão sendo feita a respeito do que é o parto humanizado e os tipos de parto. Algumas literaturas erroneamente classificam o parto humanizado como um  tipo de parto , por exemplo  parto normal,  vaginal, natural,  de  cócoras, parto na água . Mas uma  cesária necessária também pode ser  humanizada.  Parto humanizado não é um tipo , mas sim  todo parto que respeite a gestante e o bebê, seus direitos , dando a liberdade da mulher seguir seus instintos e de protagonizar este momento tão sublime que é o parto. 




Foto: Marcelli e Felipe parindo a Olivia na casa de parto de Sapopemba.
     
       Parto é parto e ponto final. Não da para saber se o parto será de cócoras ou na aguá até que o parto aconteça. Digo isto porque muitas vezes a própria gestante não quer entrar na banheira, não quer massagem, não quer parir de cócoras , mas sim deitada. O que vale a pena, é planejar e se certificar que seu parto seja humanizado, para que assim livremente você encontre a melhor forma de parir. 



Como é possível humanizar algo que é inerente ao homem? 

Foto de qualquer centro cirúrgico
            
       Com o desenvolvimento acelerado da sociedade,  ficou difícil o sistema acompanhar a demanda e atender de forma integral os pacientes. O que  assistimos hoje são leitos lotados, profissionais cumprindo sacrificantes rotinas de trabalho , salários baixos e falta de  recursos básicos.

                                     Foto da parteira tradicional ribeirinha

         Já faz algum tempo, um alerta sobre a situação atual da saúde sacudiu o mundo e iniciativas  em todas as áreas da saúde, inclusive nas maternidades, foram tomadas para  mudar essa realidade. Essas iniciativas vem ganhando o nome de humanização da saúde, mas  como toda palavra bonita, essa definição acaba sendo usada em qualquer circunstância. Muitos médicos acreditam que humanizar, é deixar o bebê no colo da mãe por algum tempo após o parto, para outros é colocar musica durante uma cesárea eletiva. Para hospitais públicos, significa salas de parto individuais,  presença de acompanhante , alojamento conjunto, incentivo a amamentação, entre outros benefícios. 

   Para mim e muitos outros profissionais , o parto humanizado deveria ser o atendimento centrado no protagonismo da mulher, que  faça ela se sentir apoiada e segura,   que permita a mulher  escolher a forma do parto dela  ( de cócoras, na água ...)  , quanto tempo ela vai querer ficar com o bebê no colo após nascimento,  quem vai acompanha-la, se vai querer se alimentar ou ingerir líquidos, enfim, um parto que respeite suas escolhas. 

Foto: Parto com parteira tradicional - Exposição Mães de Umbigo

      Quando a doula acompanha um parto, ela garante que os direitos da mulher sejam respeitados, apresentam informações baseadas em evidências científicas, utilizam vários recursos naturais para facilitar o nascimento e afastar as dores, além de nunca deixar a gestante deitada, incentivando à um parto ativo e empoderador. Quando for escolher sua equipe, procure por profissionais que respeitem suas escolhas






Yoga é para todos!

         Algumas gestantes que nunca praticaram Yoga devem se perguntar : " Será possivel, que eu possa fazer aquelas posturas malucas estando grávida ?" Mas será que Yoga é exatamente o que achamos que é? Um conjunto de posturas difíceis? Selecionei um texto bem legal da amiga , psicóloga e professora de Yoga, Simone Vitae , que certamente te mostrará que yoga não é para alguns super humanos e sim para todos! 


Sim, Yoga é para todos! 


   Para pessoas que nunca o fizeram, praticar yoga pode parecer algo (quase) impossível, pois aqui no ocidente ele está muito associado aos asanas(posturas), que são amplamente divulgados na mídia. Seus praticantes são vistos como pessoas extremamente flexíveis, magras, saudáveis. Mas será que o yoga se resume apenas aos asanas?

Será que só pessoas de um determinado padrão físico podem praticá-lo e obter benefícios?
A resposta para essas perguntas é não.
   Quando falamos em asanas estamos nos referindo a um dos oito passos que constituem o yoga. São eles:  Yamas (restrições), Niyamas  (promoções, observâncias), Āsanas (posturas psicofísicas ou atitudes corporais), Prānāyāmas (controle dos impulsos respiratórios), Pratyāhāra (abstração dos sentidos), Dhāranā(concentração), Dhyāna (meditação),  Samādhi  (meditação profunda).
       Os asanas são muito importantes, mas de uma maneira muito simplificada, pode-se dizer que são praticados para preparar o corpo para a meditação, que é o objetivo principal do yoga. Assim, fica claro que o yoga pode e deve ser praticado por pessoas de todas as idades, biotipos, e graus de flexibilidade, desde que sejam respeitados os limites individuais.

Vale lembrar que não é o praticante que se adapta aoasana,

é o asana que se adapta ao praticante.


       O yoga não foi desenvolvido para tratar de problemas de saúde, e sim para promover o crescimento espiritual de seus praticantes. No entanto, ele vem sendo pesquisado, isoladamente ou como coadjuvante, no tratamento de diversos quadros. Estudos realizados em pessoas com sobrepeso, pessoas acima do peso e pessoas que sofrem de compulsão alimentar apresentaram resultados promissores.
      Num desses estudos, Daubenmier (2005) observou que a prática do yoga está associada com uma maior consciência corporal e uma maior capacidade de responder adequadamente a sensações corporais, além de uma menor “auto-objetificação” (definida como uma forma de autoconsciência que leva a um monitoramento constante e vigilante da aparência associado à pergunta “como está minha aparência?” ao invés de “como eu me sinto?”), maior satisfação corporal e menos comportamentos alimentares “desordenados”. A autora argumenta que “exercícios que trabalhem mente e corpo, ou exercícios que explicitamente encorajem a consciência corporal e a resposta adequada a sensações corporais podem promover padrões alimentares mais saudáveis”.
     Vale ressaltar que ela acredita que a prática pode também promover hábitos alimentares mais saudáveis, pois, ao ficarem mais sensíveis e com uma maior capacidade de responder adequadamente aos sinais do corpo, incluindo a fome e a saciedade, os praticantes do yoga poderiam regular a ingestão de alimentos mais baseados nas necessidades corporais e menos em fatores emocionais e situacionais.
      Nos próximos artigos apresentaremos outros estudos e falaremos sobre o yogae o transtorno da compulsão alimentar periódica (TCAP) - www.yogaway.com.br .  Por enquanto,esperamos que você esteja convencido(a) de que o yoga é para todos, não só para as pessoas magras, e que pode te trazer muitos benefícios.


Que tal você ajudar a disseminar essa idéia?

Comece a praticar e promova uma grande mudança na sua vida!


Boa prática!
Namaste


Fonte: Simone Vitale .Psicóloga, especialista em Transtornos Alimentares pela UNIFESP/ EPM, especialista em Yoga pela Uni-FMU e professora de Hatha yoga